Nós, e na minha geração escolarizada penso, lemos e falamos francês. Temos um tio em Marselha, um amigo em Paris... Sabemos de História mais antiga e pensamos nos valores da revolução, e da mais recente, e pensamos no "é proibido proibir", nos nossos exilados. Nas horas de música e filmes franceses que tanto nos encheram. E, personalizando, como Paris foi a primeira paragem do interrail (e a primeira pousada de juventude), a primeira viagem ao estrangeiro (só) uns anos depois de casar, a última viagem feita, assinalando o 20º aniversário de casamento, e realizando um sonho materno de conhecer a cidade.
Eu nunca saí à noite para dançar em Damasco, ou confraternizei em restaurantes sírios, comi um croissant num café na Nigéria (e parece que Picasso também não), ou levei a minha mãe a um museu libanês.
Atacar esse reduto onde tantos fomos felizes é, para além das maiores e respeitáveis considerações relativas ao desrespeito pelos nossos valores, entrar pelas nossas memórias. Pela nossa vida.
Amiga adorei tua nova empreitada e entendo perfeitamente este texto.
ResponderEliminarE eu adorei que inaugurasses o cantinho. Afinal de contas foi pelo teu que nos conhecemos.
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